Um ano, dois meses e dezenove dias… Lágrimas me vem aos olhos ao lembrar a cena de seus primeiros passos:
Tentativa número 1: três passos…
Tentativa número 2: cinco passos…
Tentativa número 3: dez passinhos… Inseguros, devagar, bem devagar, meio tortos mas cheios de uma alegria que poucas vezes vi na vida, a saber: A alegria de começar a andar! Dar seus primeiros passos rumo a amplidão da vida, poder, mesmo que (ainda) minimamente escolher seus próprios caminhos…
Não sei se já te contei mas mamãe trabalhou em uma Brinquedoteca (ou seja, um lugar cheio de brinquedos, geralmente dividida em cantinhos que reproduzem diversas esferas da vida e as diversas classes de brinquedos) e fui abençoada duas vezes em ver outros bebês dando seus primeiros passinhos… Digo abençoada, porque nada é capaz de explicar o que se sente ao ver a alegria genuína que transborda dos olhos de uma criança quando ela conquista algo… Que dirá algo de tanta importância como a liberdade que o andar independente proporciona…
Seus dentinhos agora são vários, mais precisamente quatro em cima e três embaixo. A atenção teve de ser redobrada porque tudo agora são estripulias… Aos poucos vai aumentando e diversificando a intensidade e os objetos para os quais direciona suas experiências… Diga-se de passagem que grande parte de seus primeiros brinquedos encontram-se ignorados em seu berço… Sua atenção se volta para o fogão, para subir e descer de camas e cadeiras, para o microondas (que nesta casa de gente maluquinha encontra-se a sua altura…)… Isqueiros, telefones, controles diversos, meus livros e textos da faculdade, pratos e copos de vidro…
Luiiiiizaaaaa!!!!! Maluuuu! Maria Luiza!!! Tira da boca! Cuidado! Aí não pode! São frases constantes em nosso dia-a-dia… Claro, faço questão que saiba, não sou o tipo de mãe castradora que se apavora e proibe tudo… Estando em segurança, tem todo meu apoio para explorar o que bem entender da forma que quiser…
Estas um chumbo! 13,500kg são você… Ai minha coluna!
E… só para não esquecer, deu o nome de “Bidê” a seu sapo de pelúcia; inventa histórias com sua linguagem própria para os diversos bichinhos de plástico que a vovó trouxe (são vaquinhas, um cavalo e um alce, personagens de um desenho do qual não lembro o nome)…
“Bibó, bibó, bibó…” – seja lá o que isso signifique, são as palavras mais usadas por você ultimamente…
Enfim, mais uma vez agradeço por me proporcionar momentos tão lindos e com tanta verdade…
“Tudo o que passamos juntas diz ao coração o que é amor!” – Toy Story 1.
Vida Longa as Marias!
Com todo o meu amor…
Mamãe…
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