Eu de novo… Confeço que tenho andado meio perdida em pensamentos sobre a vida e a maternidade… Sua avó sempre diz, desde que você estava aqui dentro; em meio as minhas crises de enjoo ou a vontade desesperada de comer um acarajé… “Eu não tive nada dessas coisas não! Isso é frescura… Porque desde que o mundo é mundo…”… E assim ouvirás ao longo da vida… Mas, enfim, desde que o mundo é mundo as mulheres procriam e tem seus filhotes, desde que o mundo é mundo a mulher amamenta seu bebê (por uma série de facilidades advindas da natureza)… “Calma, fomos feitas para isso, na hora vai dar tudo certo!” (disse-me uma vez a dinda Débora em relação a uma “pseudo” crise por conta do parto)… Desde que o mundo é mundo… Será mesmo? Pegunta que tenho ouvido (ou a qual passei a prestar mais atenção desde que você faz parte da minha vida..): “Como tem coragem de fazer maldade a uma criança?”… E desde que o mundo é mundo… Talvez não seja o mundo… São as pessoas… Desde que cada um é cada um… Desde que EU conheci você, desde que eu passei a conviver todos os dias com a sua pequena pessoa, desde que você já está mais esperta (e “Tem graça!” frase do Dan no último telefonema) e me lembra todos os dias do milagre que é estar vivo… Que é difícil, não sem esforço, com uma série de complicações (cada vez mais evidentes, que, em sua maior parte, são inventadas por nós…)… Desde então tenho sentido saudade… Cada dia é um dia a mais mas também é um dia a menos… Um dia que vai deixando um rastro gostoso de saudade boa…
Com todo meu amor…
Mamãe…
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